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A mostrar mensagens de maio, 2015

Helvécia

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Helvécia, a terra das vaquinhas inteligentes... Já dentro do comboio prestes a chegar a casa, e depois de mais uma incursão pela terra dos chocolates, estava capaz de me ir embora... Outra vez... Há dias que estamos capazes de ir embora, pegar na chave do carro sem motivo nenhum, descer pelas escadas, não vá o elevador querer estragar a súbita partida, e acelerar, queimando semáforos na direção da auto-estrada, sem ligar aos painéis que indicam as cidades e as distâncias. Hoje não é desses dias.... Estou capaz de voltar no mesmo avião onde acabei de aterrar. É só esperar que reabasteça, e dar tempo para entrarem os novos vizinhos… Combustível, check; portas, check; cintos, check; instrumentos, check; flaps, check… e lá ia eu novamente. Lembro-me tão bem das primeiras vezes que fui à Suíça. Depois de aterrar pela primeira vez, o meu espanto foi súbito, instantâneo e fulminante. Parecia que tinha aterrado noutro planeta, um planeta de prados verdes e vaquinhas, em que o prado...

Trinta e Três

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E de manhã lá estás tu no espelho da casa de banho à tua espera. Tu, que de manhã demoras tempo imenso a reconhecer-te num homem que nem te imita os gestos, fá-los ao mesmo tempo. Querias crescer depressa…. aí tens. O que perdeste, o que ganhaste? Vistas as coisas, cresceste mais depressa do que imaginavas e no entanto, tudo foi tão lento antigamente. Horas infinitas a olhar o sol enquanto nasce, embrulhado em papel celofane, ao que o meu avô apelidava de “espr eitar o sol”, empoleirado no pequeno muro à entrada de casa, via o frio da manhã desaparecer ao mesmo tempo que o horizonte destapava o manto branco do orvalho para dar lugar ao pijama colorido em tons de verdes, vermelhos e amarelos. O tempo entre aniversários era quase infinito. Aquilo que costumavas chamar de circunstância, não passa, muito simplesmente, do que consentiste que a a vida e as pessoas te fizessem. Aos vinte anos julgavas que o tempo te resolvia os problemas… aos trinta e três dás-te conta que o tempo é que s...

Living Chapters...

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I'm not good with words. Maybe not better with numbers. I do not believe in what I can’t see, but also do not always believe in all I see. I like what takes my breath away. I venerate the improbable. I crave the almost impossible. My heart is free, even loving so much. I have a will that doesn’t go away, and a word that never sleeps, like a speck of dust floating around the Milky Way. I'm not easy. I’m selective. I have the restlessness in my pocket. Sometimes when it's late  at night, I travel. And ... without knowing I seek the answers that I never find. It's like when we sleep and suddenly we feel we have discovered the secrets of life and the universe. We struggle to wake up and when we got to the surface, we have nothing, because it's all gone while we were climbing. Each moment in my life is a new chapter and each one provides a new lesson to learn and a story to tell. I have done the careless chapter, the naïve chapter, the lost chapter, the growing...