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O comboio

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Hoje acordei a pensar simples. Pensar simples dá-me a liberdade de enfeitar a estória  da maneira que mais me agrada, e criar um quadro de tudo à volta de nada. Amanhã vou andar de comboio. Andar de comboio faz-me lembrar como as coisas eram simples há uns anos atrás. Não tive a sorte de crescer na era dos comboios. Aos autocarros falta a cadência, o espaço e a capacidade de corrermos pelos corredores de carruagem em carruagem até chegar à minha carruagem preferida... a carruagem bar.... chocolates...Aos carros falta aquelas janelas enormes cheias de paisagens que nos levam a mundos imaginários ao som da cadência dos barulhos mecânicos do movimento (tchu-tchu). Quando era criança, os carros tinham janelas pequeninas que mal abriam, e sempre colocadas acima da linha de visão das crianças. Que horror. Nas andanças da vida, já andei em barcos, aviões e comboios, mas infelizmente a minha tarimba é nos transportes rodoviários, e não...

De Faro a Coimbra.

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Quando a vida nos afasta dos encantos do Algarve, para nos embalar no mistério e sedução de Coimbra, vemo-nos mergulhados num conjunto de contrastes que nos faz pensar na beleza das especificidades de cada região. As mentalidades dos habitantes de ambas as regiões, partilham uma espécie de aversão natural à rápida mudança imposta por uma crescente modernização, seduzindo turistas de todo o mundo à procura dos seus mistérios e encantos mantidos intactos ao longo dos anos. É expectável que exista uma linha cultural a separar estas duas regiões, uma vez que Coimbra foi berço do nascimento de seis reis e viu a primeira universidade de Portugal nascer, numa altura em que o Algarve ainda estava a acordar da reconquista definitiva aos mouros. A leveza das antigas casas algarvias de paredes de cal, telhas vermelhas e chaminés minuciosamente recortadas, contrastam desde logo com a visão sombria das casas de xisto e telhado escuro da região centro. Ao trocar Coimbra por Faro, o c...