Os amigos

Hoje é dia de super noite. Super noite um porque temos uma super lua e super noite dois porque é noite de reencontrar velhinhos amigos e ver como estão os minimilks, sem deixar que eles comam aquela bolacha gigante que se vê hoje no horizonte e que deixa a petizada e o monstro das bolachas com urticária de tanto desejo.
Até aqui temos viajado juntos… às vezes a viajem não é material, mas continuamos juntos… É como se fossemos dentro de um pão de forma esquizofrénico a queimar semáforos até ao infinito. Atravessámos vilas, cidades, florestas, montanhas, vales, abismos, obstáculos, e também atravessámos vidas. Percorremos retas, ajudámo-nos nas curvas, e como qualquer viagem, as subidas e descidas estiveram sempre presentes. As experiências compartilhadas até então criam um efeito de alavancagem, que nos ajuda a maximizar a alegria do momento, e nesses pedaços de tempo entre o tempo, o pão de forma atravessa praias, ilhas e florestas encantadas… Sim, é um pão de forma a sério, daqueles que foram meticulosamente preparados para nos levar onde a nossa mente alcançar.
Muito mais do que nostalgia de circunstância ou conversa diplomática, são as marcas dos pneus do velhinho pão de forma, que como que cicatrizes benignas, nos torna possível falar do passado e do presente ao mesmo tempo… até porque celebrar a vida com os amigos de infância é falar do presente e do passado ao mesmo tempo.
Os amigos não morrem: andam por aí… aparecem quando menos se espera, desarrumam o passado e o presente, escrevem connosco o futuro e instalam-se com um sorriso num canto nosso… nunca morrem… andam por aí. (TS)


Comentários