"A vida seria trágica se não fosse divertida..."
Apagou-se uma das estrelas mais brilhantes do universo científico… Depois de lhe ter sido diagnosticado aos vinte e um anos, uma doença degenerativa fatal (esclerose lateral amiotrófica), a comunidade médica deu-lhe dois a três anos de vida. Stephen Hawking agarrou nesses três anos, e num percurso de força e amor, desafiando os limites do cosmos e da vida humana, transformou-os em mais cinquenta anos. Em 1985, uma grave pneumonia deixou-o a respirar por um tubo, forçando-o, desde então, a comunicar através de um sintetizador de voz eletrónico. Vivendo sob o espectro de uma morte precoce, sempre disse que não tinha medo da morte, mas também não tinha pressa de morrer, pois ainda tinha muitas coisas para fazer. Dedicou a sua vida à descoberta do Universo, à razão pela qual existimos, e pela qual deixamos de existir. Apesar de todos os contributos sobre os buracos negros, estes continuam envoltos em mistério. No seu enorme legado, deixa-nos a radiação de Hawking, emitida pelos buracos negros à medida que se vão evaporando até se transformarem em nada, sem que se saiba para onde vai toda a luz e matéria “engolidas”. Fez algumas referências praticamente incompreensíveis aos nossos olhos, fruto da sua inteligência e interpretação do mundo. Disse que não existe Deus, ou pelo menos não existe a necessidade de um, uma vez que o “Big Bang” foi uma consequência inevitável das leis da física, e por existir a lei da gravidade, o universo pode criar-se a partir de nada. Referiu que no seu entender a vida na terra não durará mais de mil anos, e fez vários avisos à humanidade, aconselhando a olhar mais para as estrelas e menos para os pés. Refletiu sobre os perigos da inteligência artificial, referiu que temos apenas cem anos para colonizar outros planetas se não queremos ver a extinção da espécie humana, e a ter cuidado com eventuais encontros com seres de outros planetas (ainda que improváveis), porque estes podem não ser "simpáticos", bastando para isso, refletir sobre o que se passa na terra entre raças, espécies e culturas.
Stephen Hawking foi um dos cientistas com maior destaque desde o físico alemão Albert Einstein. A sua obra “Uma Breve História do Tempo” é um dos livros mais vendidos no mundo. Morre hoje, no mesmo dia em que Einstein nasceu, e com a mesma idade com que Einstein faleceu (76 anos).
Numa altura em que os heróis da sociedade são aqueles que metem mais bolas num quadrado de rede, ou que apenas são idiotamente irreverentes, digo em voz alta... este foi e será um dos meus heróis.
“E porque o grande inimigo do conhecimento, não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento.” (TS)
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